Gases alimentícios? Sim, eles estão presentes na indústria, e por isso, a McFlu também está.
O universo das análises é tão fascinante que não cansamos de trazer curiosidades sobre ele, mostrando também que o nosso trabalho está mais presente no seu cotidiano do que você imagina. Tem McFlu até na sua comida! A utilização de gases é ampla na indústria alimentícia e, inclusive, regulamentada na técnica de embalagem de atmosfera modificada, na qual o Oxigênio (O₂) contido no ar atmosférico é retirado de dentro da embalagem e substituído por um gás ou por uma mistura de gases que auxilia até na determinação da validade dos produtos.
Apresentamos exemplos da nossa atuação dentro deste segmento na série Gases Alimentícios, que agora chega de forma aprofundada em nosso blog. Preparado para entender melhor os produtos industrializados que você consome diariamente? Então, vamos nessa!
Gases nas bebidas
Nunca te contaram, mas a maior parte do gás utilizado nos refrigerantes, cervejas e cafés vem das chaminés industriais. Esse gás é um velho conhecido de todos nós. Estamos falando do Dióxido de Carbono, ou simplesmente gás carbônico (CO₂). Ele é produzido principalmente durante processos processos industriais, como a combustão (queima) do carvão e dos hidrocarbonetos, e a fermentação de líquidos.
E onde esses processos acontecem? Nas indústrias brasileiras. São esses processos “sujos” que dão origem ao componente essencial das bebidas gaseificadas, sobretudo dos refrigerantes. Anote aí mais uma curiosidade: o gás carbônico, quando dissolvido na água por meio do congelamento, forma um ácido que age como antibactericida. Por isso, lembre-se de consumir o seu refrigerante sempre bem gelado!
Mas, estas informações deixam claro que as bebidas gaseificadas devem ser consumidas com cautela, porque podem prejudicar a sua saúde no longo prazo, por estes e outros fatores.
Carnes com maquiagem
Calma! Não passaram blush nem pó compacto na picanha do churrasquinho que você fez no domingo passado. Piadas à parte, a maquiagem em questão é somente um realçador para a beleza natural da carne.
Se você acompanha os conteúdos da McFlu, sabe que o Monóxido de Carbono (CO) é um gás altamente tóxico. Mas, estudos comprovam que, quando utilizado em concentrações menores que 1% por curtos períodos, ele não apresenta risco aos consumidores e se torna meramente uma maquiagem para realçar a cor de carnes e peixes.
Agora, você deve estar se perguntando se esta é uma prática realmente necessária ou somente uma jogada de marketing para que as marcas produzam carnes com aparência mais saudável e, por consequência, vendam mais. E a gente vai te responder.
Nem sempre. Ao buscar uma carne no mercado, seja ela branca ou vermelha, somos orientados a avaliar primordialmente a cor. Quanto mais viva a cor, mais fresca ela está. Mas, os pedaços de carne e peixe possuem colorações diferentes, que podem ser mais claras ou mais escuras, de acordo com a concentração da proteína mioglobina, que colore naturalmente esses alimentos. E essa variação de cor nada tem a ver com o frescor da carne ou do peixe.
Mas, sem o uso do monóxido de carbono para realçar a cor de cada pedaço de carne, muitas acabam encalhando nos mercados e realmente estragando, quando poderiam estar servindo de alimento para as pessoas. Por isso, trabalhamos junto às empresas de desenvolvimento de processos, garantindo que a concentração de monóxido de carbono aplicada será adequada para atingir as demandas dos clientes industriais e para a segurança dos consumidores finais.
Alimentos hidrogenados
É provável que você conheça a palavra hidrogenação. Afinal, quando comemos um chocolate com sabor mais oleoso, costumamos dizer que ele é hidrogenado.
A hidrogenação é um processo químico presente na margarina, em alguns chocolates e em vários outros alimentos, que consiste na adição de átomos de Hidrogênio (H₂) aos ácidos graxos dos óleos (que são líquidos) para alterar a sua estrutura, transformando-os em gordura semi sólida (com consistência mais pastosa). Dessa forma, os alimentos ficam mais estáveis, com melhor aparência e textura, e maior prazo de validade. A hidrogenação também barateia o custo desses alimentos, tornando-os acessíveis a todas as classes sociais.
Você deve estar se perguntando o que tem de mal em uma reação química que deixa a comida mais bonita, gostosa e barata. Duas palavras: gorduras trans. Elas, as famosas vilãs presentes nos rótulos nutricionais, podem ser resultado da hidrogenação. E já foi comprovado que o consumo excessivo dessas gorduras aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
A boa notícia é que a indústria foi buscar meios de melhorar os processos de obtenção dessas gorduras vegetais mais sólidas, fazendo com que, atualmente, a presença de gorduras hidrogenadas na lista de ingredientes de um alimento não signifique que ele contenha gordura trans. Mas, vale sempre ler atentamente as embalagens desses produtos antes de colocá-los em seu carrinho de compras.
Oxidação do cafezinho
A oxidação é uma reação química que acontece com vários alimentos, inclusive o pó de café. Ela consiste na exposição do alimento ao oxigênio, e resulta em sabores e odores desagradáveis por conta da proliferação de fungos e bactérias, que dentro do organismo podem causar dores de estômago e de cabeça. Por isso, em 95% dos casos, o oxigênio precisa ser completamente removido na fabricação dos alimentos.
Nesse caso específico, o dióxido de carbono é um dos gases utilizados para remover todo o oxigênio durante a fabricação do pó de café, mantendo o sabor e a validade do produto. O nitrogênio (N₂) também é usado nessa função.
A McFlu está presente na indústria alimentícia para garantir a qualidade destes e de muitos outros alimentos que você consome regularmente. Fazemos isso por meio de equipamentos que analisam os níveis de cada gás presente na composição dos produtos. Para conhecer outras curiosidades do universo químico e físico, acompanhe a McFlu Analítica no LinkedIn.